De licença saúde do ofício de lecionar na Rede Municipal de Educação do Rio de Janeiro há quase um ano por problemas decorrentes do desgaste emocional vivenciado na luta por justiça e ética nas posturas e práticas do profissionais da Educação em seus diferentes níveis em episódio "similar" ao que destaco a seguir com desdobramentos vergonhosos para a história da Educação no Rio de Janeiro. ( Saiba mais nos links em destaque no final dessa postagem ) esse Arte Educador que vos escreve recebeu ontem um email denúncia de mais um episódio vergonhoso na Educação do Rio de Janeiro.
Quando meios de comunicação se aliam às autoridades no poder visando práticas eleitoreiras contra os interesses da população... é preciso estar alerta! Onde buscar ajuda? Na união inteligente dos interessados na mudança e no resgate da dignidade e da justiça em nosso país. Como? DENUNCIANDO sem medo em espaços democráticos e no "boca a boca", apesar das ameaças de exoneração e etc... etc... agora comuns contra os profissionais da Educação que ousam não se calar frente a mandos e desmandos na esfera administrativa municipal.
Eleições à vista! A coisa vai ficar pior! Todo o cuidado é pouco!
Que a manobra do feriado prolongado decretado na véspera da última eleição municipal no Rio de Janeiro que resultou na "vitória" da legenda que hoje administra a Cidade do Rio de Janeiro... sirva de exemplo e alerta; já que parte do professorado que poderia ter feito a diferença e ter mudado o rumo dessa história; preferiu o fim de semana prolongado ao exercício da cidadania e hoje estamos pagando pela nossa "escolha" equivocada. Mas felizmente teremos em breve a oportunidade de MUDAR.
EIS A NOVA DENÚNCIA...
“Ontem a escola em que trabalho foi manchete de primeira página do jornal Extra!
Um pai insatisfeito com o rodízio que seria feito com a turma de seu filho, denunciou a escola. O pai está errado? Não. Que pai ou mãe gostaria de chegar na escola do seu filho e saber que ele teria aula dia sim e dia não? Nenhum.
Mas o desdobramento de tudo isso, a busca por soluções e responsáveis é que se tornou injusta e vergonhosa.
Na reportagem, a 7ª CRE diz que nunca foi comunicada sobre a falta de professor, o que é não é verdade, pois semanalmente a CRE é informada através de memorandos.
Nossa escola só funciona no 2ª turno [à tarde] porque os professores fazem dupla regência. Com a falta de professor para turma de EI, a direção optou em colocar o professor de sala de leitura assumir a turma, mas por ordem da CRE (embora ninguém assuma) foi dito que professor de sala de leitura não pode assumir turma; enfim qual a outra opção???
Quem dá aula na rede pública sabe que o rodízio há muito faz parte da nossa realidade!
A professora de EI passou a atender 3 turmas!!! Sendo que à tarde intercaladamente!
Qual a autonomia que o diretor tem pra resolver esse problema? Ele que contrata professor? Onde estão os professores aprovados nos concursos?
Enfim, a CRE não assumiu sua participação no ocorrido e a minha diretora foi advertida por escrito depois de 36 anos de magistério e 2 menções honrosas por trabalho desenvolvido!!
É demais, né??? REVOLTANTE!!! Não há o menor respeito pelo profissional da educação!!
Nossa secretária colocou em jornal, na manchete, a advertência da diretora, isso sem ouvi-la uma só vez!!!
Ela foi proibida de dar entrevistas, não pode se defender senão corre risco de ser exonerada!
Triste, muito triste, ou melhor, VERGONHOSO!!!
A falta de água crônica da escola também foi citada e nossa secretária disse que envia carro pipa!!!
Quando isso ocorreu???
A CRE sabe do problema e nunca fez NADA!!!
Me diga, qual o profissional que trabalha sem uma gota de água? Como ficam as crianças, merenda, banheiros sem água??? Será que isso ocorre na secretaria e todos continuam trabalhando???
Gostaria muito que os jornalistas voltassem a nossa escola, para nós professores podermos falar, e também ficaríamos muito felizes com a visita de nossa secretária de educação!
Quem sabe assim ela veria a verdadeira realidade e saberia agir com verdadeira JUSTIÇA!
São 27 anos de município e nunca me senti tão revoltada, decepcionada e injustiçada!”
Saiba mais sobre episódio análogo ocorrido na Maré:
Tsunami na Maré - Parte I
Tsunami na Maré - Parte II
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