Encaminhando...
Ditadura nas escolas municipais do Rio ? Absurdo na Alexandre Farah!
No próximo final de semana , haverá eleições para diretores das escolas municipais do Rio para um mandato de 3 anos , segundo a Resolução SME n.1133 de 16 de maio de 2011.
A rigor , não será uma verdadeira eleição. Ocorrerá uma consulta à comunidade escolar, mas as regras são muito estranhas para que se preencha a função de diretor de cada unidade escolar.Essa "eleição" poderá não valer nada,pois, além de a Secretaria Municipal de Educação (SME) exigir dos candidatos certificados de cursos por ela promovidos , eles terão que se submeter a uma entrevista feita por pessoas que pensam que entendem de escola . São tecnocratas de gabinete metidos a conhecer educação pública , sem ( alguns deles) terem experiência em turma ou em gestão escolar.
Os cursos online não substituem a experiência no campo ! Mesmo depois de eleitos ( escolhidos) pela comunidade , não estarão certos de que assumirão , porque terão que complementar , obrigatoriamente, o curso de atualização em um tal de Módulo II. Simplesmente , ridículo ! Isso é manipulação !
O desempenho de um diretor de escola não pode ser medido , apenas , por uma prova . Também as dispensáveis entrevistas nada mensuram até mesmo pela fragilidade dos avaliadores. Além disso , atribuir a uma diretora (ou diretor) incompetência pelos índices de IDEB só pode caber na cabeça de quem não vai às escolas para acompanhar o trabalho pedagógico das unidades. São pessoas de Gabinete refrigerado .
Outra medida autoritária se encontra no artigo quinto , parágrafo primeiro da abominável resolução , onde se verifica a intenção de afastar as diretoras quando não estiverem "rezando na Cartilha dos poderosos da SME". Isso faz lembrar o tempo do "Chaguismo", no qual as diretoras eram cabos eleitorais de vereadores.
Esse Blog recebeu diversas reclamações de responsáveis quanto ao que ocorre na Escola Municipal Alexandre Farah , em Ricardo de Albuquerque. A Chapa formada pela Diretora Adjunta , que hoje responde pela Escola , devido à aposentadoria da Diretora , e pela Coordenadora Pedagógica , que tem o apoio do Corpo Docente , foi impugnada pela Banca da SME ( os tais tecnocratas de Gabinete ).
A referida "Banca" alegou o elevado percentual de reprovação da Escola, esquecendo-se de que a Unidade atende alunos do sexto ao nono anos e que a grande quantidade ocorre exatamente no sexto ano , sendo que os alunos do sexto ano são oriundos de escolas próximas, alguns até analfabetos. Então , as escolas no entorno erraram. Esquece-se , ainda , que, neste ano, a Escola foi premiada pela SME , devido à melhoria de desempenho em relação ao ano anterior. Tal premiação equivaleu ao 14 salário. Ué , deram o prêmio para quem não merecia? Ou foi ato político-eleitoreiro? Ou não avaliaram? A escola funciona em três turnos, com mas de12 turmas pela manhã e à tarde, sem funcionários em número suficiente e, mesmo assim, é considerada uma escola muito boa.
O corpo docente está indignado com a decisão da SME em vetar a Chapa.
Cabe , ao final , uma pergunta : Esse grupo que está à frente da Prefeitura não foi contra o Sistema de Ciclos que eles chamaram de aprovação automática.? Por que , então , impedir a candidatura de uma Diretora que comanda professores que avaliaram os alunos como eles defenderam em campanha eleitoral em 2008?
Falam uma coisa e praticam outra? Onde está a Ética ? Querem que aprovem ou não ? Os critérios dessa gente são muito subjetivos e contraditórios. Essa insegurança não cabe na EDUCAÇÃO !
Para ler outros textos , acesse http:lupparelli-acritica.blogspot.com
Célio Lupparelli
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