Que reflexão faria um educador no dia da criança em um país que abandona suas crianças à própria sorte nas ruas entregues à prostituição e às drogas?
Que reflexão faria um educador no dia da criança em um país onde crianças são alvejadas em salas de aulas, a caminho da escola, em filas de postos de saúde e dentro de suas humildes moradias desprovidas de cidadania?
Que reflexão faria um educador no dia da criança em um país onde a violência contra elas é endêmica vomitada por uma mídia desprovida de ética e de visão evolutiva da vida como "normal"?
Que reflexão faria um educador no Brasil no dia da criança quando acaba de retornar de um Congresso Internacional de Arte Educação, onde o trabalho social que desenvolve sem apoio governamental em sua comunidade foi selecionado por uma comissão formada pelo MEC, Minc e OEI para representar o país como uma experiência exitosa em arte educação que, supostamente deveria ser incentivada, apoiada e multiplicada; mas que na verdade segue; depois de um ano dessa indicação, nas mesmas condições anteriores por descaso dos governantes e da sociedade desinformada?
Que reflexão faria um educador (Funcionário concursado da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro) no dia da criança no Brasil depois de passar um ano mendigando em gabinetes um orçamento mensal de R$ 4.000,00 em bolsas auxílios para 10 (dez) adolescentes multiplicarem uma experiência exitosa em arte/educação na comunidade onde nasceu e não consegue nada?
Que reflexão faria um educador no dia da criança em um país onde governantes gastam bilhões de dólares para erguerem estádios de futebol às pressas e “não dispõem” de "míseros" quatro mil reais para que uma experiência exitosa em arte/educação seja multiplicada em uma comunidade "carente" quando convém e uma mina de ouro?
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Reflexão feita coberta de perguntas. Essa é uma reflexão adequada a se fazer em tempos que, não diferente de tantos outros, continuará se repetindo, mas que serão superados de forma heróica sem a utopia de que teremos um mundo cor de rosa.
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