Ontem, alguns minutos antes de sair para ir trabalhar, fui surpreendido pela ligação telefônica de um colega direto da unidade escolar na qual leciono na Maré, o Ciep Operário Vicente Mariano, informando que um princípio de incêndio havia sido detectado na escola e que as aulas seriam canceladas; já que bombeiros estavam se dirigindo para lá para controlar o incêndio.
Hoje retornando à escola pude obter maiores informações sobre o acidente e tive a notícia de que a escola está com as atividades paralizadas até que técnicos da Ligth resolvam o problema.
O incêndio teve início no quadro de transformadores da escola e segundo técnicos foi muita "sorte" o mesmo ter acontecido durante o dia, já que se tivesse ocorrido à noite, fatalmente o acidente teria tido consequências catastróficas para a unidade escolar.
Segundo os técnicos, por ter ocorrido no painel de transformadores, o incêndio, caso não tivesse sido controlado logo, poderia ter provocado expolosões que destruiriam parcialmente a unidade escolar ;já que a força das explosões poderiam destruir paredes e janelas em um raio de até 15 metros de distância.
O acidente, segundo na rede elétrica em menos de seis meses, traz à tona outra discussões que é importante lembrar.
Em novembro de 2009, um pequeno incêndio alguns dias antes da intervenção a que foi submetida a escola, e que chegou a ser insinuado como atentado pelos oportunistas de plantão, já que a ex-diretora justificava com sabedoria a não instalação da sala de informática, justamente por entender que a rede elétrica do Ciep não suportaria a sobrecarga dos computadores funcionando; já acenava para a necessidade de uma manutenção urgente.
Mas essa manutenção não foi feita por N motivos e tentando tapar o sol com a peneira, já que a manutenção do prédio que abriga a unidade escolar que atende a mais de 2000 mil alunos da Comunidade da Maré não foi prioridade, a intervenção achou "melhor" ativar a "Lan House" (Laboratório de Informática) do Ciep que tantas dores de cabeça trouxe ao cotidiano da escola no final do esquecível ano de 2009, principalmente por ter sido implantado sem nenhum planejamento pedagógico.
Nada melhor do que dar tempo ao tempo e hoje nossa escola no início do ano letivo já enfrenta mais esse grande desafio que poderia ter sido evitado e ficará a princípio até segunda-feira quando os técnicos dirão quanto tempo levarão para restaurar a rede elétrica sem atividades escolares e, dependendo dessa análise dos técnicos, poderá ficar mais uma semana ou até quinze dias sem atividades. Lamentável!
Ou seja, 2010 e suas conjunções astrológicas já vem mostrando que equívocos passados terão consequências sérias no presente e nada fica imune a ação do tempo.
É importante lembrar que outros problemas de manutenção do prédio deveriam ser agora solucionados já que no decorrer do ano letivo outras surpreseas poderão surgir impedindo o andamento normal das atividades. Quais? O desnivelamento do piso do pátio da escola e bueiros destampados que podem provocar acidentes gravíssimos entre os alunos. Grades avariadas na quadra de esportes que são verdadeiras armas assassinas. A manutenção de banheiros desativados, já que os que estão funcionando não são suficientes e outras "cositas más".
O Ciep Operário Vicente Mariano, uma das escolas do amanhã da Rede Municipal na Maré onde projetos pilotos estão sendo implantados com destaque na mídia como soluções pertinentes ao processo educacional precisa hoje de uma atenção especial aos seus problemas infraestruturais para que amanhã possa realmente ser uma escola efetivamente de referência.
Oxalá esse "acidente" sirva de estímulo para que políticas de manutenção sejam definidas e perpetradas nas unidades escolares da Rede.
Sonhar com coerência governamental não custa nada!
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