A pouca divulgação ética e cidadã na mídia da greve dos professores em São Paulo acena para o já conhecido descaso com a Educação no Brasil cujas consequências funestas para a sociedade de maneira geral já são visíveis em um corpo social enfermo marcado por feridas que insistem em não cicatrizar devido à nossa incapacidade de enfrentar o problema com o devida atenção e respeito que merece. Afinal de contas trata-se da Educação, base de qualquer sociedade que se pretende justa e digna.
40 mil professores decidiram seguir a greve. Mas será que a forma obsoleta de protesto nas ruas causando transtornos à população trará algum benefício à categoria, que reivindica direito trabalhistas perdidos com o tempo e melhores condições de trabalho?
Não seria o momento para a classe buscar na coerência do fazer educacional alternativas mais criativas de mobilização grevista que destaquem e apontem as problemáticas a serem superadas conseguindo o apoio da sociedade de maneira geral?
Que tal grupos mobilizados organizadamente promoverem uma lavagem nas escadarias e halls de prédios públicos onde a sujeira da corrupção e dos escândalos se avolumam por todos o país? Com certeza uma mobilização assim tem muito mais apelo de marketing para a causa do que promover o caos nas ruas de uma cidade que já tem um cotidiano caótico. Alternativas criativas há para chamar a atenção com respeito, mas o que não há é coerência nas atitudes dos formadores de opinião do nosso país.
Esperar que a mídia divulgue com respeito greves de professores é acreditar que águas passadas moverão moinhos já que os governos tanto estaduiais como o federal usará sempre seus aliados ( a imprensa, a polícia, o exército e etc. ) para conter o avanço de qualquer movimento grevista em qualquer Estado da Federação.
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