Não é sinal de saúde estar bem ajustado a uma sociedade profundamente doente.
Essa frase, atribuída ao filósofo indiano Jiddu Krishnamurti, resume uma crítica
contundente à forma como nos relacionamos com o mundo em que vivemos. O que
significa estar bem ajustado a uma sociedade? E o que significa ser uma
sociedade profundamente doente?
Podemos entender o ajustamento social como a
capacidade de se adaptar às normas, valores e expectativas de uma determinada
cultura ou grupo. É um processo que envolve aprendizagem, conformidade e
obediência. Quem está bem ajustado, geralmente, é aceito e reconhecido pelos
demais, e desfruta de certos benefícios e privilégios. Quem não está bem
ajustado, por outro lado, é visto como desviante, rebelde ou problemático, e
sofre discriminação e exclusão.
No entanto, o ajustamento social não implica
necessariamente em saúde mental ou bem-estar. Pelo contrário, pode ser uma fonte
de sofrimento e alienação. Isso porque nem sempre as normas e valores sociais
são justos, éticos ou saudáveis. Muitas vezes, eles são baseados em interesses
particulares, preconceitos ou violências. Assim, estar bem ajustado a uma
sociedade pode significar renunciar à própria individualidade, criatividade e
liberdade, em troca de uma ilusão de segurança e pertencimento.
Krishnamurti foi
um pensador que questionou profundamente as estruturas sociais que nos
condicionam e nos impedem de conhecer a nós mesmos. Ele defendia que a
verdadeira revolução não é política, econômica ou religiosa, mas psicológica.
Para ele, só podemos transformar o mundo se primeiro transformarmos a nossa
mente, libertando-nos de todo tipo de autoridade, dogma ou ideologia. Ele
propunha um caminho de autoconhecimento, meditação e desapego, que nos levasse a
uma percepção direta da realidade, sem intermediários ou filtros.
Uma sociedade
profundamente doente é aquela que se baseia na exploração, na competição, na
violência, na desigualdade e no medo. É uma sociedade que gera conflitos,
guerras, injustiças e sofrimentos. É uma sociedade que nos aliena de nós mesmos,
dos outros e da natureza. É uma sociedade que nos impede de sermos felizes.
Não
é sinal de saúde estar bem ajustado a uma sociedade profundamente doente. É
sinal de coragem, lucidez e compaixão resistir a essa sociedade e buscar uma
forma de vida mais autêntica, harmoniosa e significativa. É sinal de sabedoria
buscar o conhecimento de si mesmo, além das aparências e das ilusões. É sinal de
amor buscar a paz interior e a fraternidade universal. Esse é o desafio que
Krishnamurti nos propõe: sermos livres para pensar por nós mesmos, para sentir o
que realmente sentimos, para agir de acordo com o nosso discernimento. Seremos
capazes de aceitar esse desafio? Seremos capazes de criar uma sociedade mais
saudável? Seremos capazes de sermos felizes?
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Por Diógenes Lima
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