
Profissionais da educação, supostamente os formadores de opinião responsáveis pela expansão das consciências individuais e coletivas; acovardados, passivos, adestrados e em alguns casos, meros reprodutores formais do discurso da “desordem” estabelecida que é enfiada goela abaixo como “normal”.Devo estar louco mesmo.Se “não normais” ou loucos são aqueles que se indignam com a alienação reinante chegou a hora de colocar uma camisa de força no professor Diógenes, esse favelado louco que está gritando aos quatro cantos do mundo que nada está normal no Brasil e que na verdade estamos à beira do caos.
Pirou o cara!Também...
Só sendo louco mesmo para ir da aula em área de risco, onde crianças são "normalmente" alvejadas a tiro à caminho e até na entrada da escola; e onde os representantes do poder público, encarregados de fazer a segurança dessa gente, são acusados de fazer segurança dos poderosos do poder subversivo que promovem o terror e o medo na região e adjacências; aqui entendidas como TODO O PAÍS.
Só sendo louco mesmo para sair de casa com o vírus da gripe suína circulando livre, leve e solto pelo país, já número 1 no descaso ao atendimento à sua população, mesmo em detrimento aos bilhões de dólares de riquezas geradas com a exploração dessa população que circulam pelos bancos do mundo.
Só sendo louco mesmo para se transformar em dois, já que poucos comprometidos com seu sacro ofício de educar; têm condições psicológicas para enfrentar o “complexo” que é afirmar a “meia-cidadania” dos moradores desses complexos habitacionais.Meia cidadania sim e que venham a críticas.
Desafio qualquer ser pensante da humanidade a me provar que existe cidadania plena nessa terra de ninguém chamada Brasil, onde os poucos loucos que se atrevem a levar o exercício da cidadania aos excluídos são tratados sem menor respeito e sem a menor valia pela sociedade de maneira geral.
Só sendo louco mesmo para sair de casa às seis da manhã e cruzar três complexos habitacionais (jacarézinho, Manguinhos, Alemão) na cidade do Rio de Janeiro; passando por “kracolândias” abarrotadas de crianças e jovens em plena luz do dia nas ruas da cidade; arriscando a vida em um transporte irregular ( uma das poucas e às vezes única opção de transporte para se ter acesso às áreas de risco ) para representar, de maneira precária e em condições deficientes, a presença do poder público e ainda ser desrespeitado.
Só sendo louco mesmo para acreditar que, com 50 minutos de aula de espanhol em um contexto educacional falido contra a força do império Mass Media com todo seu exército de profissionais e técnicos trabalhando pela alienação e pela idiotização da massa; é possível promover o exercício pleno da cidadania.
Só sendo louco mesmo para resistir bravamente à indignação e ao descaso dos crápulas e déspotas que têm administrado/vilipendiado nosso país nos últimos anos, e seguir dando uma de normal acreditando que ainda é possível construir uma sociedade mais digna, ética e justa no eterno país do futuro.
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