OBSERVAÇÃO: Esse texto foi publica em agosto de 2009, mas em virtude da necessidade de repensar o fazer educacional e esclarecer fatos; está sendo resgatado em momento tão importante de discussões e debates sobre os rumos da educação no Brasil e no mundo.
Devo estar enlouquecendo realmente. Não consigo entender como as pessoas conseguem aceitar determinadas situações como normais. Situações inconcebíveis para uma mente pensante são ignoradas por conveniências, medos e ignorância; e a cada recusa individual de enfrentar o "mea-culpa" da aceitação passiva dos absurdos que se institucionalizaram como normais em nossa sociedade; nos levam aceleradamente para o caos e à barbárie social vaticinada por sábios e profetas de todas as religiões e culturas como sinais da chegada do fim dos tempos.
Causa indignação e desespero ver formadores de opinião ( profissionais da mídia e da educação) testemunharem os absurdos e abusos da administração e das políticas públicas que são testemunhados em nossa sociedade, em decorrência da incompetência dos nossos governantes de verdadeiramente promover o desenvolvimento humano e social em nosso país e do completo “salve-se quem puder” que se estabeleceu em todos os segmentos de nossa sociedade; e não fazerem nada, simplesmente assistirem passivos a utilização de nossas problemáticas sociais como armas nas diferentes guerras de interesses que se eternizam na politicagem imposta como política no nosso semianalfabeto país.
E esses supostos seres pensantes de nossa sociedade, que supostamente deram o “saltinho” evolutivo que faz a diferença no caminhar rumo à evolução individual e coletiva que conduz à harmonia social e ao bem comum; escolheram a covardia e a inércia frente aos absurdos que muitas vezes em suas ignorâncias ajudam a institucionalizar.
Profissionais da mídia, um dos mais preciosos mecanismos de integração e divulgação do conhecimento disponíveis para a humanidade, completamente desprovidos de uma formação profissional e social fundamentada em valores morais e éticos de elevada transcendência; destilam os venenos de suas vaidades e de suas ignorâncias, já que não têm a menor ciência, se quer energética, do lixo psíquico que ajudam a colocar no éter como verdade absoluta na aura do planeta e seus habitantes, e muito menos das leis espirituais de causa e efeito que regem a dinâmica da vida no Universo; e que reservam para eles, talvez sofrimentos maiores, no plano da espiritualidade, que os reservados aos assassinos cruéis que mal só fizeram ao corpo de suas vítimas, enquanto que os profissionais da mídia, em suas ignorâncias das leis maiores da espiritualidade, fazem mal constante para o espírito de milhões de almas/pessoas que hoje mergulhados em um caos quase irreversível caminham para a animalidade da ignorância de suas potencialidades humanas
Que culpa tem você que diagramou o
layout daquela famosa notícia de três páginas veiculada ontem no jornal popular
sobre a sedutora forma de vida das “Chuchucas” poderosas amantes dos bandidos
do tráfico que servirá de exemplo nefasto para milhões de brasileiras
desprovidas de cidadania que nascem a rodo diariamente nesse país? Nenhuma?
(Risos). Vai acreditando nisso!
Por que você não fez uma matéria sobre a força transformadores das adolescentes inglesas que fizeram história cobrando ética e moral no conselho da ONU? Simplesmente porque você trabalha para as sombras e nem têm consciência disso.
E se você tem culpa no cartório por contribuir fazendo a diagramação da matéria, imagine a culpa de quem teve essa infeliz ideia de colocar no plano astral essa possibilidade que certamente encontrará sintonia com uma ou mais mentes/almas afins, sintonizadas a essa vibração negativa, e acabará se tornando realidade infinitas vezes?
Profissionais da educação, supostamente os formadores de opinião responsáveis pela expansão das consciências individuais e coletivas; acovardados, passivos, adestrados e em alguns casos, meros reprodutores formais do discurso da “desordem” estabelecida que é enfiada goela abaixo como “normal”.
Devo estar louco mesmo.
Se “não normais” ou loucos são aqueles que se indignam com a alienação reinante chegou a hora de colocar uma camisa de força no professor Diógenes, esse favelado louco que está gritando aos quatro cantos do mundo que nada está normal no Brasil e que na verdade estamos à beira do caos.
Pirou o cara! Também...
Só sendo louco mesmo para ir da aula em área de risco, onde crianças são "normalmente" alvejadas a tiro à caminho e até na entrada da escola; e onde os representantes do poder público, encarregados de fazer a segurança dessa gente, são acusados de fazer segurança dos poderosos do poder subversivo que promovem o terror e o medo na região e adjacências; aqui entendidas como O Brasil inteiro.
Só sendo louco mesmo para sair de casa com o vírus da gripe suína circulando livre, leve e solto pelo país, já número 1 no descaso ao atendimento à sua população, mesmo em detrimento aos bilhões de dólares de riquezas geradas com a exploração dessa população que circulam pelos bancos do mundo.
Só sendo louco mesmo para se transformar em dois, já que poucos comprometidos com seu sacro ofício de educar; têm condições psicológicas para enfrentar o “complexo” que é afirmar a “meia-cidadania” dos moradores desses complexos habitacionais.
Meia cidadania sim e que venham as críticas!
Desafio qualquer ser pensante da humanidade a me provar que existe cidadania plena nessa terra de ninguém chamada Brasil, onde os poucos loucos que se atrevem a levar o exercício da cidadania aos excluídos, são tratados sem menor respeito e sem a menor valia pela sociedade de maneira geral.
Só sendo louco mesmo para sair de casa às seis da manhã e cruzar três complexos habitacionais (jacarézinho, Manguinhos, Alemão) na cidade do Rio de Janeiro; passando por “Cracolândias” abarrotadas de crianças e jovens em plena luz do dia nas ruas da cidade; arriscando a vida em um transporte irregular ( uma das poucas e às vezes única opção de transporte para se ter acesso às áreas de risco ) para representar, de maneira precária e em condições deficientes, a presença do poder público e ainda ser desrespeitado.
Só sendo louco mesmo para acreditar
que, com 50 minutos de aula de espanhol em um contexto educacional falido
contra a força do império Mass Media com todo seu exército de profissionais e
técnicos trabalhando pela alienação e pela idiotização da massa; é possível
promover o exercício pleno da cidadania.
Só sendo louco mesmo para resistir
bravamente à indignação e ao descaso dos crápulas e déspotas que têm administrado,
ou melhor, vilipendiado nosso país nos últimos anos, e seguir dando uma de
normal acreditando que ainda é possível construir uma sociedade mais digna,
ética e justa no eterno país do futuro.
Mas
hoje o louco que habita em mim decidiu dar uma de normal. Vou buscar ajuda
psicológica profissional para tentar entender a lógica "ilógica"
dessas ações técnicas de gabinete que minam a força dos educadores que ainda
acreditam ser possível reconstruir nossa realidade, a partir de uma perspectiva
mais uma humana e mais digna; e que confundem a cabeça já confusa de nossos
jovens, carentes de referenciais e direcionamentos adultos coerentes que
diariamente testemunham nossa aceitação do caos como normal e que, nesse
contexto de permissividade; acabam entregando os pontos à revolta vândala,
violenta e chocante de agir inconsequentemente, como agem a exemplo diário nos
meios de comunicação em massa. Pessoas públicas e não públicas sem caráter da
terra de ninguém; oferecendo os exemplos nefastos de como não deveriam ser as
posturas e atitudes de alguém comprometido com o Bem se todos os seus
maravilhosos desdobramentos para a vida em sociedade e para a satisfação plena
de Ser Humano na acepção mais perfeita da palavra.
Não
tenho alternativa frente às consequências do lamentável equívoco perpetrado
pela Secretária Municipal de Educação na Unidade Escolar onde leciono que, a
partir de uma ação desastrosa de intervenção/transição de direção escolar sem
planejamento; resultaram em uma desorganização sem precedentes no andamento do
ano escolar de quase 4000 mil pessoas entre alunos, educadores e funcionários
de uma unidade escolar que conseguia; apesar de todas as difíceis condições que
caracterizavam o cotidiano da comunidade e de todos os erros e acertos
pertinentes à dinâmica da prática educacional; funcionava dignamente. E que
hoje, à espera do respeito e da seriedade que a comunidade da Maré e a
comunidade escolar merecem, necessita urgentemente de um encaminhamento forte,
firme e planejado da Secretaria de Educação, no sentido de “apagar” o incêndio
que foi propagado nessa ilha de esperança ( Ciep Operário Vicente Mariano )
cercada de problemas por todos os lados prestes a afundar, como a lendária
“Atlântida”, se atitudes comprometidas com o bem comum não forem tomadas
urgentemente pelos responsáveis por essa situação insustentável.
Retornarei
quando os peritos médicos da administração pública decidirem que estou apto à
normalidade da vida em sociedade; é claro que à base de antidepressivos tarja
preta tão normal entre os educadores do nosso país, a trabalhar normalmente na
cidade maravilhosa. Cidade eternamente em festa que será nomeada pela UNESCO
patrimônio cultural da humanidade; e que na verdade é uma vergonha social da
humanidade, onde é “normal” crianças, jovens e adultos se drogando à Luz do dia
nas ruas; onde é “normal” crianças serem levadas na orla da praia mais famosa
do mundo para hotéis, onde abusadas com a permissão de todos nós que nos
calamos diante dos fatos; perdem a inocência e esperança de um dia poder Ser
Humano.
Salve-se
quem puder! Chegamos ao fim do poço.
Prendam-me
que estou louco!
E
orgulhosíssimo de não ser medíocre como os normais que acham que está tudo bem
no reino de das águas claras, hoje poluídas.
Por Diógenes Lima
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