O vínculo entre desigualdades sociais e criminalidade é direto. Estudo mostra que jovens são os mais afetados pela diferença social.
A cruel realidade da juventude brasileira que, a olhos vistos, apavora e indigna pelo descaso das autoridades e setencia o país a décadas futuras de caos social; já que muito pouco tem sido feito para reverter esse perverso quadro; é mais uma vez matéria de estudos que abundam nos meios acadêmicos quando na verdade deveriam ser pauta de ações políticas e inciativas socias realmente comprometidas com a justiça social e com a dignidade humana.
Segundo Daniel Torres ( iG São Paulo | 25/04/2010 07:54 ) cento e dezessete brasileiros são assassinados por dia no País. Em dez anos, entre 1997 e 2007, 512,2 mil assassinatos. No ranking da violência, o País amarga a sexta posição, entre 91 pesquisados, perdendo apenas para El Salvador, Colômbia, Guatemala, Ilhas Virgens e Venezuela. Os dados fazem parte do mais recente Mapa da Violência – estudo elaborado pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz e único sobre o tema a abranger todos os Estados do País.
"Esses números são realmente surpreendentes até para nós que estudamos a violência. Porque é totalmente diferente do que se ouve falar do Brasil: um País pacífico, alegre, acolhedor", afirma Tião Santos, coordenador de projetos de segurança pública e juventude do Viva Rio. Exemplos em cidades fora do País e aqui mostram que é possível reverter, ou melhorar, este quadro. O caminho, dizem os especialistas, investimento na polícia e na qualidade de vida das pessoas.
O que é surpreendente aqui não são os números e sim a surpresa de "especialistas" em violência que parecem viver em outro país quando a violência nua e crua já não bate mais à porta dos cidadãos e sim invade casas deixando marcas indeléveis no plano psicológico e estrutral da vida em sociedade.
Melhor qualidade de vida é a solução óbvia e apesar de vozes a serviço da incompetência dos governantes afirmarem contra todas as evidências que avanços foram conquistados nesse sentido, o que atesta a realidade é exatamente o contrário. Um caos social que pode perdurar por décadas se a prioridade urgente não for trabalhar com políticas que dêem fim ao abismo que separa pobres e ricos no País.
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10/10/2010
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